Os dados foram coletados entre 2021 e 2022
O Instituto Olga Kos (IOK) apresenta para a sociedade os primeiros resultados do Protótipo do Índice Nacional de Inclusão Olga Kos da Pessoa com Deficiência (INIOK_PCD). Seu principal objetivo é de traçar perfis como escolaridade, saúde, tecnologia assistiva, dentre outros para que posteriormente sejam elaboradas políticas públicas mais eficientes. A pesquisa foi desenvolvida entre 2021 e 2022 em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoal com Deficiência de São Paulo, pelo Termo de Fomento Nº 01/SMPED/2021 e Processo Nº 6065.2021/0000379-6.
As informações foram colhidas em associações de ensino das regiões leste e sul da cidade de São Paulo, parceiras do instituto. O distrito foi escolhido em virtude do alto índice populacional e pela desigualdade social. Foram entrevistadas 150 pessoas por meio de distribuição de questionários, entrevistas individuais e coletivas, mais 150 familiares destas pessoas e cerca de 40 profissionais das instituições parceiras.
Principais dados
Os dados mostram que 58% dos entrevistados são mulheres, 42% homens, desse total 73% declararam-se solteiros, 59% de cor branca e 63% da classe E, com renda média de 1,5 salário mínimo. A idade majoritária foi entre 30 e 59 anos. Das 150 pessoas, 83% disseram ter algum tipo de deficiência intelectual.
Reformulação da grade curricular
Um dos indicadores que chamou a atenção foi o baixo índice de frequência escolar. Somente 48% comparecem a escola e desses 31% vão de duas a três vezes por semana. Os principais fatores que levam a baixa presença das pessoas com deficiência na escola são a distância da residência para a instituição, os meios de transporte para esse fim e a falta de acompanhante. Ademais, a ausência de uma condição escolar adequada, que vai desde a estrutura física dos espaços até a qualificação dos docentes também contribui para esse cenário e reforça a necessidade de uma profunda reformulação do sistema de ensino.
Ampliação da oferta de atividades esportivas e culturais
De acordo com coordenadora de Pesquisa do Instituto, Natalia Mônaco, a inclusão das Pessoas com Deficiência precisa ser estendida para outras esferas, tais como, o esporte e a cultura. “Os resultados deste estudo também servem como disparadores para futuros trabalhos associados aos impactos de programas de intervenção e identificação das necessidades das populações com deficiência”.